tag:blogger.com,1999:blog-37047056775682781932024-03-05T11:19:24.966+00:00O DanielMigahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-6725207171367727892008-11-13T00:04:00.004+00:002008-11-13T00:12:38.525+00:00Tudo no Blog das Quintas<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwdCvb66zO8DjD-JtkCWLvyMoOEMx2G8pJruYdgJv6idamM4mMCugqo41fR5YXAf-enjUIhinQs8MUIbd6hKzdsYJkM2VYf7jush8UBTnB8jKiq0rRCHETtxtPF_2n1XWUegq_g-aD7pp4/s1600-h/Imagem_039por+Pat.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5267926504926050626" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 267px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwdCvb66zO8DjD-JtkCWLvyMoOEMx2G8pJruYdgJv6idamM4mMCugqo41fR5YXAf-enjUIhinQs8MUIbd6hKzdsYJkM2VYf7jush8UBTnB8jKiq0rRCHETtxtPF_2n1XWUegq_g-aD7pp4/s400/Imagem_039por+Pat.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"> Foto de PAT</span></div><br /><strong>Enquadradinhos Métodos de Trabalho</strong><br /><br /><em>Ultimamente têm-me maçado</em><br /><em>com enjoativos trechos de lamúrias.</em><br /><em></em><br /><em>Ele são cinco mil mulheres mal tratadas</em><br /><em>não sei quantas raparigas mal amanhadas</em><br /><em>sete mil e quinhentas gaivotas assassinadas</em><br /><em>um sem número de situações assaz desesperadas.</em><br /><em></em><br /><em>Eu tenho os meus próprios problemas:</em><br /><em>ir à missa das doze, adiantar os estudos,</em><br /><em>levar o cão à rua, assim não dá, não dá.</em><br /><em></em><br /><em>Desisto deste vilancete. É uma pena</em><br /><em>eu não ter método de trabalho na escrita.</em><br /><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues, in <em>Dióspiro</em></span><br /><br /><span style="font-size:85%;">Este post foi "roubado" no blog das <a href="http://quintasdeleitura.blogspot.com/">Quintas </a>onde podem encontrar tudo sobre a participação do Daniel na próxima sessão de poesia!</span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-7813186380278031792008-10-29T12:31:00.000+00:002008-10-29T12:33:59.939+00:00Daniel nas Quintas de Leitura<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg84dXru6RcilRjInbuxHmy0D3-kczIc1PrGp061dNV9DGVG3RFpFCtyEAt4IMElXJbgyFUwiL_lJJNuh8B3IlqHiO8JwPU9cvTdrSuWQ-HvK9YNlWnGD3Pr9kn60Iful27mOSC83b9hJgO/s1600-h/qlNov08.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5262553029456058882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 142px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg84dXru6RcilRjInbuxHmy0D3-kczIc1PrGp061dNV9DGVG3RFpFCtyEAt4IMElXJbgyFUwiL_lJJNuh8B3IlqHiO8JwPU9cvTdrSuWQ-HvK9YNlWnGD3Pr9kn60Iful27mOSC83b9hJgO/s400/qlNov08.bmp" border="0" /></a><br /><div></div>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-51081644852597621862008-10-12T23:49:00.000+01:002008-10-12T23:52:34.779+01:00Sempre em Ligação<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-_eBRGQEU33TbDpX9w9KrALDwk0X0MLwSAZ5Lnxo9VjHyhzmu-Jh8F7d2TcM5425U1zODskRq3dP362vKrxyRimtqvxqNKJtWfRvip4Sp2MaCrNsFVjQdb4vmBPI-xsWYegFiQMhFZwjd/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5256404003006093970" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-_eBRGQEU33TbDpX9w9KrALDwk0X0MLwSAZ5Lnxo9VjHyhzmu-Jh8F7d2TcM5425U1zODskRq3dP362vKrxyRimtqvxqNKJtWfRvip4Sp2MaCrNsFVjQdb4vmBPI-xsWYegFiQMhFZwjd/s400/untitled.bmp" border="0" /></a><br /><div></div>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-70532510321868755212008-09-08T23:30:00.002+01:002008-09-08T23:34:15.235+01:00Bife Picado Fora de Horas<div align="justify">Uma vez que estive ausente por força maior, e o Bife Picado já se encontra um pouco desactualizado... Procurem-no por aqui por estas bandas: <a href="http://www.quintasdeleitura.blogspot.com/">Quintas de Leitura</a>!</div><div align="justify">Já antes informei que é um blog sobre os espectáculos do ciclo Quintas de Leitura no Teatro do Campo Alegre... e como o Daniel tem algumas cumplicidades por aqueles lados, sempre vão encontrando algumas noticías dele, relacionadas com o ciclo, claro!!! Para colmatar as minhas ausências!</div>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-67383133457070662582008-06-14T20:20:00.001+01:002008-06-14T20:21:37.092+01:00Os Portugueses à Conquista de NiceDe distantes reinos houve quem viesse<br />e com o rei de Nice houve quem os visse.<br />Pratas e rubis, dizem, houve quem lhe desse.<br />À rainha, sim, também houve quem lhe desse<br />e até, se dizem bem, quem depressa se viesse<br />em noites veladas; santas noites de chupe-la-pisse.<br /><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues</span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-87719847822464959752008-06-14T20:13:00.002+01:002008-06-14T20:16:02.919+01:00Pouco Depressafalo-te de chuva<br />como quem diz que as minhas mãos<br />não se exaltam em revisitar-te o peito<br /><br />revejo todos os verdes<br />no peppermint do meu cálice<br />enquanto a janela abro<br />pouco depressa<br />sobre a tarde<br /><br />falo-te de cansaço<br />como quem se sentasse<br />numa poltrona de lã<br /><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues</span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-76086777528456350842008-06-07T20:17:00.004+01:002008-06-07T20:25:35.763+01:00Quintas de Leitura<div style="text-align: justify;">A todos que quiserem saber mais sobre a próxima participação do Daniel nas Quintas de Leitura, já já no dia 18 de Junho (desta vez a uma 4ª feira...) visitem o <a href="http://quintasdeleitura.blogspot.com/">site</a> porque vem lá tudo...<br /></div>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-81015035526776084072008-05-26T12:26:00.002+01:002008-05-26T12:37:02.265+01:00Um Café - Abril 2008<div align="justify">Dióspiro<br />Poesia Reunida 1977-2007<br />Autor: Daniel Maia-Pinto Rodrigues<br />Selecção e organização: Luís Miguel Queirós e José Carlos Tinoco<br />Editora: Quasi<br />Daniel Maia-Pinto Rodrigues – Imaginação e Memória<br /><br /><em>Descendente, por parte do pai, dos Condes de Botelho e da brasonada família Correia Mourão, bisneto por parte da mãe, do republicano e democrata Coronel Maia Pinto.</em></div><div align="justify"><br />É assim o primeiro contacto com o poeta para quem começar a ler este livro pela badana. O bisavô <em>José Teixeira Rêgo</em>, e os seus tios e primos <em>Arnaldo Gama, Conde de Paço d´Arcos, Anrique Paço d´Arcos, Joaquim Paço d´Arcos e Carlos Malheiro </em>não estão aqui para convencer o leitor que Daniel Maia-Pinto Rodrigues não é nenhum badano. Este desfiar de antepassados ilustres não é um mero exercício de pedantismo heráldico, mas antes um exercício de memória, essencial para a sua poética e para a sua vida. Juntamente com a imaginação, a memória é um conceito chave para iniciarmos a digressão pela obra de Maia-Pinto Rodrigues.</div><div align="justify"><br />Dividido em duas grandes partes (só) aparentemente antagónicas, <em>Contemporaneidades</em> e <em>O baú em quebra-luz</em>, a ordem que se escolher para ler este livro influenciará a percepção geral que se tem da obra e do seu autor. “Eu sou o escritor do baú em quebra-luz, o outro é um repórter da realidade.” O escritor do baú envia esporadicamente ao mundo um outro-eu, descosido da sua identidade real, com o intuito de observar, relatar e esbofetear na cara a realidade mesquinha, chatinha, comesinha, coitadinha. “As diversões do mundo real não me interessam. A pequena tristeza, as pequenas lamúrias, os pequenos ciúmes. A realidade (leia-se contemporaneidade) não é o sítio ideal para escrever poesia. Interessa-me o quietismo, a luz parada, o grande sossego, esse <em>nowhere</em> da realidade.” Interessa-lhe o baú, portanto. E é para o quietismo do baú que o enviado de Daniel à realidade leva notícias, “o pulsar da vida de cá”, que são depois trabalhadas pela personagem primeira que escreveu os poemas do baú em quebra-luz, no baú em quebra-luz. “Ter ficado parado no tempo é profícuo à poesia.” </div><div align="justify"><br />Daniel não rejeita o real, antes o usa para construir uma realidade ainda mais real, um supra-real cuidadosamente moldado pelas ferramentas intelectuais que escolheu para esse trabalho: memória e imaginação. Estas são as ferramentas que guarda dentro do seu baú, sendo o silêncio e a luz o seu <em>atelier</em>, o espaço ideal, onde o poeta forja a sua realidade ideal. “A minha identidade está preservada na memória, no baú”, diz-me. “É aí que está a luz que me interessa. Não o néon, não aquele amarelo enfermiço, mas o amarelado confortável. É nesse baú em quebra-luz que me encontro”. </div><div align="justify"><br />Vamos ver como falam estas duas personagens, o enviado e o poeta. Diz-nos, o enviado de Daniel no último poema de <em>Contemporaneidades</em>: “Devagar apenas um se repete/ E chora/ É um rapaz sozinho/ O amor de um rapaz sozinho/ A perfeita pintura de um rapaz/rapariga ágil /Não há mais ninguém/ Nas esquinas dos seus olhos/ Deixem-no ir é um estranho/ Terá o seu tempo a sua oportunidade/ Há-de conseguir imaginar viver.” (p.186)</div><div align="justify"><br /><em>Há-de conseguir imaginar viver</em>. Como um noviço em vésperas de entrar para a reclusão de um mosteiro, adivinha-se aqui uma preparação do poeta prestes a entrar no baú e desligar-se do mundo. Uma decisão radical de quem tomou consciência de que a vida imaginada é a única que vale a pena ser vivida e, por isso, decidiu ser poeta de corpo inteiro. E sendo que a imaginação trabalha a partir da memória, a experiência da memória é uma experiência de vida.</div><div align="justify"><br />Uma vez já dentro do baú, o poeta fecha a tampa à realidade não filtrada pela imaginação e diz-nos: “Aquele animal/ por mais que contorne a lagoa/ nunca chegará até nós. / Eu e tu é que ficaremos sempre/ um com o outro. (p.228) A realidade nunca chegará até Daniel Maia-Pinto Rodrigues, ou não tivesse sido sempre o seu grande projecto, ele que odeia projectos, “que o mundo não me mudasse a mim.” (p.170) </div><div align="justify"><br />Nota: Já tinha acabado de escrever esta crónica, já estava ela prestes a entrar no prelo e ocorreu-se-me que quem eu entrevistei no Café Slávia numa quarta-feira à tarde, quem me ofereceu um exemplar autografado de Dióspiro e escreveu nele algumas palavras simpáticas, não foi Daniel Maia-Pinto Rodrigues mas sim o seu enviado especial à realidade. O verdadeiro Daniel, esse “mafarrico”, nem sequer saiu de casa, do baú, ou donde raio é que ele se esconde. Já não vou a tempo de rescrever esta crónica, os rolos da rotativa já devoraram metade do meu casaco, mas quando nas páginas de Dióspiro encontrar aquele corrimão que desce ao seu encontro, dir-lhe-ei umas quantas coisas acerca de combinar entrevistas e não aparecer. Até lá... bem hajas Daniel por não existires no meio de nós.<br /></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Tomás Magalhães Carneiro, </span><span style="font-size:78%;">Artigo retirado da revista </span><a href="http://www.umcafe.com/Abril/diospiro.html"><span style="font-size:78%;">Um Café</span></a></div>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-75014964262951537902008-05-22T01:53:00.005+01:002008-05-22T01:59:22.386+01:00O Daniel volta às Quintas de Leitura com a CGD!<img style="width: 492px; height: 794px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxJEzwB0xqrUU_aR7IYoU9RjYTFOmFF6ej0SVG3cXYnnW3CAOgRKnby32pggSGMiLsTHrX7X-mYcaGe5oH4eeaUXw5mzQkN4RILlf3o2HzKoL8pPNMRDOcqSj7JHkNndyx6dLe6Um8Jos/s1600/bife+verdadeiro.jpg" alt="[bife+verdadeiro.jpg]" border="0" /><br /><br />É Claro que é a não perder!!!<br />Eu vou lá estar... de certeza!Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-84477308585968844882008-05-06T14:12:00.004+01:002008-05-06T14:29:52.045+01:00Radio RUM - "Dióspiro" o melhor de 2007<div align="justify">O programa "Livros" da <a href="http://www.rum.pt/">Rum</a> (Rádio Universitária do Minho) considerou o livro <em>Dióspiro</em> de Daniel Maia-Pinto Rodrigues "o melhor e mais belo livro de poemas editado o ano passado em Portugal."<br />Diz ainda esta rádio que:<br />"Pela liquidez, segurança e inovação da escrita, Daniel Maia-Pinto Rodrigues é um poeta grande e único."<br /><br />Parabéns Daniel!</div>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-12405446721346606712008-05-06T09:36:00.001+01:002008-05-06T09:38:49.121+01:00<em>Há um rio</em><br /><em>ou um barco no rio</em><br /><em>onde a luz é intensa</em><br /><em>e de tanta luz nos olhos e água</em><br /><em>com rigor se não sabe</em><br /><em>se o barco vai vazio.</em><br /><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues, in <em>Malva 62</em></span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-72755064470256841802008-04-25T21:32:00.000+01:002008-04-25T21:36:19.782+01:00O Poeta Nu<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuuIkdpcyrXpGzDwOfkujGFMapzjAcdoXXRSn0dMKwxLYWXcI_yif2VAs2H34jHZuErQrbjVK6igNvsFcH5iE83ZeVFosV7Q7uy_2ytRbNrZ3jd-8QguCbJPFLZLDTbHUjy2xZYEs0OBJL/s1600-h/Maio+08.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5193284416186922274" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuuIkdpcyrXpGzDwOfkujGFMapzjAcdoXXRSn0dMKwxLYWXcI_yif2VAs2H34jHZuErQrbjVK6igNvsFcH5iE83ZeVFosV7Q7uy_2ytRbNrZ3jd-8QguCbJPFLZLDTbHUjy2xZYEs0OBJL/s400/Maio+08.bmp" border="0" /></a><br /><div></div>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-7884209834999679862008-04-25T21:27:00.002+01:002008-04-25T21:32:10.471+01:00<em>Agora que a juventude<br />me anda a ir embora pelos olhos<br />não há sexo, não há, como é que se diz,<br />ternura, não é? que valha os braços<br />as clavículas<br />a alegria das raparigas.</em><br /><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodirgues, in <em>Malva 62</em></span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-55303863819682283092008-04-04T12:00:00.002+01:002008-04-04T12:04:18.069+01:00Quintas de Leitura<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7y1jqU1D0Xs_AMJjfW6D_-qKcgOpRrjOuKxddc8qrtHrMLK2Ev69qhV_H5s1sTaR6mIvp316ojGwwavAArySUpHolbc3e4l5uZtyoVmXKHV37iL0xPxfyNzVScWQ1XNVoihyFIc_q3DAl/s1600-h/MDAbril.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5185343623902655362" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7y1jqU1D0Xs_AMJjfW6D_-qKcgOpRrjOuKxddc8qrtHrMLK2Ev69qhV_H5s1sTaR6mIvp316ojGwwavAArySUpHolbc3e4l5uZtyoVmXKHV37iL0xPxfyNzVScWQ1XNVoihyFIc_q3DAl/s400/MDAbril.jpg" border="0" /></a><br />E eis que Yolanda Castaño volta às Quintas de Leitura, desta vez ao lado de José Luís Peixoto.<br />De relembrar, que Yolanda estreou-se neste Ciclo de espectáculos de poesia no ano passado com Daniel Maia-Pinto Rodrigues na sessão que marcou o lançamento de <em>Dióspiro.</em>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-6283262550035413272008-04-04T11:59:00.002+01:002008-04-25T21:30:22.790+01:00Pêndulos<em>Que todos os pêndulos sejam pontes<br />entre mim e parte incerta<br /><br />Que todas as pontes sejam pernas<br />alvos de púrpura e cetim<br /><br />Que todas as pernas sejam frutos<br />só sem mais nada ou ninguém.<br /></em><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues</span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-56882208199009386062008-03-18T14:07:00.002+00:002008-03-18T14:09:19.164+00:00Um Instantinho de Beleza<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZbbVcBzvp8UmzL_KjI4xodvQD0sW-y0YSDjDLedkykkJpHHYypfcD_ZBqR6t3OoSbdM_Txjwo_F6VkCrHL5gwZvbz4-Jmsxnhmx1jGcv_pYs_kpbfbvILuM4rLhY9q51rdYIAdUQvJkno/s1600-h/MD2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5179083287954860178" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZbbVcBzvp8UmzL_KjI4xodvQD0sW-y0YSDjDLedkykkJpHHYypfcD_ZBqR6t3OoSbdM_Txjwo_F6VkCrHL5gwZvbz4-Jmsxnhmx1jGcv_pYs_kpbfbvILuM4rLhY9q51rdYIAdUQvJkno/s400/MD2.jpg" border="0" /></a> Não do Daniel, nem com o Daniel, mas é poesia e tem ligações ao Daniel!<br />A não perder, para quem gosta de poesia.Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-38051527107338487452008-03-03T23:26:00.002+00:002008-03-03T23:30:35.094+00:00interior<em>Sibilante movimento,<br />escarlate deslocação<br />assolando a estabilidade.<br />Contínuo tilintar de guizos<br />percorre os corredores,<br />esquiva-se das lucernas,<br />anima os objectos.</em><br /><em><br />Interessantes brinquedos<br />pendem dos tectos,<br />incautos oscilam<br />aos sopro das máscaras.</em><br /><br /><em>Descerra-se o flexível espaço<br />onde permaneces,<br />o espaço exacto<br />entre os títeres de seda.</em><br /><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues</span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-37180051705355002072008-02-25T11:31:00.001+00:002008-02-25T11:33:52.813+00:00O Grande Tocador de Xilofone<em>No primeiro dia<br />vou, ainda que de lampejo, a dar um beijo<br />toca o telefone<br />Vou a levantar a tampa da retrete<br />toca o telefone<br />Vou a meter a boca no pão com queijo<br />toca o telefone<br />Vou o espírito libertar ouvindo os Roxette<br />toca o telefone<br />Vou tocar uma pívia<br />toca o telefone<br />Vou tocar xilofone<br />toca o telefone<br />Vou a constatar que o telefone está sempre a tocar<br />toca o telefone<br /></em><br /><em>No segundo dia<br />saí para desanuviar<br />encontrei-te<br />a tomar café com leite<br />e dei-te o meu telefone<br />No terceiro dia<br />estive atento ao telefone<br />mas o telefone não te trouxe<br />No quarto dia<br />desliguei o telefone<br /></em><br /><em>E eis-nos chegados ao quinto e último dia<br />dos dias que referirei<br />e tanto estes dias, como também este textozinho<br />vão necessitar de um final<br />Qual escolheis<br />o final que termina bem<br />ou o final que termina mal?<br />Assinalo que elaborei mais<br />aquele que termina bem<br />Repito a pergunta<br />qual dos dois escolheis?<br />Para quem ainda não decidiu<br />eu vou expressar os dois finais<br />O que termina mal é assim<br />basicamente<br />ao quinto dia<br />saí para desanuviar<br />e todos vós me vistes, basicamente<br />Por sua vez o que termina bem<br />é<br />ao quinto dia<br />saí para desanuviar<br />saí para desanuviar mas é o raio!<br />encontrei -te<br />levei-te, trouxe-te e levei-te<br />levantámos a tampa da retrete<br />estilhaçámos ao som dos Roxette<br />percutimos o xilofone<br />cuspimos no telefone<br />demos um beijo, que não de lampejo<br />animámos o já vivido, amámos o divertido<br />metendo a boca e o nariz no queijo derretido<br /></em><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues, in <em>O Afastamento Está Ali Sentado</em></span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-16991054358238545862008-02-14T15:58:00.002+00:002008-02-14T16:01:33.611+00:00E Para Terminar Um Pequeno Poema de Amor<em>Nos tempos primitivos</em><br /><em>o australopiteco dizia para a mulher:</em><br /><em>"ó minha macaquinha, sorria</em><br /><em>olhe ali um mamute!</em><br /><em>"Nos tempos de hoje em dia</em><br /><em>o homem diz para a mulher:</em><br /><em>"ó minha dama de companhia, mamo-te."</em><br /><em>Prefiro o setentão sinfónico dos Camel</em><br /><em>que dizia:</em><br /><em>ó minha dama de fantasia, amo-te.</em><br /><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues, in <em>O Afastamento está ali sentado</em><br /></span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-15380774179669909362008-02-14T15:46:00.002+00:002008-02-14T15:54:28.694+00:00Capas de Daniel Maia-Pinto Rodrigues<div align="center"><em>O Afastamento Está Ali Sentado</em></div><div align="center"><em></em></div><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh4HiYj-l0RLN2mJFA3b29-gLRjCo37bkkco7_gB27QNuBFfdcQwGTCPyvL4q90XdgnmWG42MP_4tgt6gX2GcfYFj4ttm8X67rQCsTsRSE1tXkaL0c417nct5zRoZlbNJV0EFYerSzLm_8/s1600-h/1d1ed90860.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166863606718991490" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh4HiYj-l0RLN2mJFA3b29-gLRjCo37bkkco7_gB27QNuBFfdcQwGTCPyvL4q90XdgnmWG42MP_4tgt6gX2GcfYFj4ttm8X67rQCsTsRSE1tXkaL0c417nct5zRoZlbNJV0EFYerSzLm_8/s400/1d1ed90860.jpg" border="0" /></a> </div><div align="center"><em></em> </div><div align="center"><em>Dióspiro - Poesia Reunida 1997-2007</em></div><div align="center"><em></em><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglXcrrqAjbvDzK8KZz0I9mM3owlRr9nj717YH3YJX1LB3_OaL9fzn4wXGAxV_V_aq688F1atBJzKImMw3CBkzYNE2TlEl2IItf9awqG0jlKF5xY1JjM1MaA8rUKKSQGl9_qUswvfcWHMhh/s1600-h/6a8921b6ee.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166863606718991506" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglXcrrqAjbvDzK8KZz0I9mM3owlRr9nj717YH3YJX1LB3_OaL9fzn4wXGAxV_V_aq688F1atBJzKImMw3CBkzYNE2TlEl2IItf9awqG0jlKF5xY1JjM1MaA8rUKKSQGl9_qUswvfcWHMhh/s400/6a8921b6ee.jpg" border="0" /> <p align="center"></a><em></em> </p><p align="center"><em>Malva 62</em></p><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhEnKeALBCuDtDOYeESQq63qDLiryzkfrFgvBeZ-5N39FZ5QqFouL6ehagR3PnmQmXZgdsvfeCVXK6v9H2Tttd7vpUoGqFG6EsuwaTwcUCk7La9MUkfeCMHx5GCzrOZFkN5On9zBkofzj8/s1600-h/62e8abbe44.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166863611013958818" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhEnKeALBCuDtDOYeESQq63qDLiryzkfrFgvBeZ-5N39FZ5QqFouL6ehagR3PnmQmXZgdsvfeCVXK6v9H2Tttd7vpUoGqFG6EsuwaTwcUCk7La9MUkfeCMHx5GCzrOZFkN5On9zBkofzj8/s400/62e8abbe44.jpg" border="0" /></a> </p><p>Todos da <a href="http://quasi.com.pt/">Quasi</a></p>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-43048366124007948742008-02-08T12:52:00.001+00:002008-02-14T00:07:50.340+00:00Se eu quiser que eu coma...<em>Se quiser que eu coma<br />os seus animais de estimação,<br />os seus pardos pombos-correio,<br />eu como-os<br />não há problema.<br /></em><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues, in Antologia "Poesia à Mesa"</span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-88114452434968694722008-02-06T14:00:00.001+00:002008-02-14T00:07:27.717+00:00Dióspiro<em>depois do almoço<br />quando arrastamos a cadeira<br />um pouco para trás<br />uma sonolência morna<br />entrelaçada de luz<br />entra pelas janelas<br />ludibria as cortinas<br />e difusa poisa no vinho<br />é nessa altura que dizemos:vou comer este diospiro<br />antes que apodreça<br /></em><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues</span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-77430425839862636822008-02-04T13:07:00.000+00:002008-02-04T13:21:48.380+00:00A História do Pastor<em>A seguir a história do pastor.<br />O pastor vivia em Goinge, floresta normanda.<br />Era filho dos senhores da Escânia<br />hoje conhecedores de ciências.<br />Aos vinte anos sabia já<br />distinguir as ervas<br />curava com esmero os golpes do gado.</em><br /><br /><em>Entretinha-se com o queixo.<br />E todos os arroios<br />o conheciam de sol a sol.</em><br /><br /><em>Aos vinte e seis anos<br />casou com Dourada, a rapariga débil.<br />Aos trinta<br />viu realizar-se um sonho antigo:<br />receber os primos no pátio.<br />Abriu então cervejas<br />fritou amêndoas<br />falou pela primeira vez de nostalgia.</em><br /><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues, in O Afastamento Está Ali Sentado<br /></span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-41518186181675801762008-02-02T23:47:00.000+00:002008-02-02T23:52:00.440+00:00Tudo<em>Seriam grandes</em><br /><em>crescendo assim como os sobreiros</em><br /><em>Yes seriam grandes</em><br /><em>crescendo assim pelas manhãs</em><br /><em>onde os sobreiros não sobressaíssem</em><br /><em>pela altura. Passassem antes aves</em><br /><em>medindo - digo - analisando</em><br /><em>compreensivelmente a questão da altura</em><br /><em>E nós que crescemos</em><br /><em>que ficamos influenciados pelos sobreiros</em><br /><em>pelas aves e pela altura</em><br /><em>chegará o dia</em><br /><em>em que perante os nossos grandes filhos</em><br /><em>diremos levantando a taça:</em><br /><em>a nossa experiência profunda das coisas</em><br /><em>poderá ser-vos extremamente útil</em><br /><em>no decifrar do dia a dia</em><br /><em>meus filhos minhas filhas</em><br /><em>my old uncle Christopher também</em><br /><em>Para já</em><br /><em>aguardemos com calma</em><br /><em>o acto sempre caloroso</em><br /><em>refiro-me</em><br /><em>à vinda da sopa</em><br /><em>trazida pela mãe</em><br /><br /><span style="font-size:78%;">Daniel Maia-Pinto Rodrigues, in <em>O Afastamento Está ali Sentado</em></span>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3704705677568278193.post-35657702737876762952008-02-02T21:41:00.000+00:002008-02-02T23:41:44.760+00:00Destaques<div align="justify">No balanço anual sobre a literatura portuguesa, com publicação no jornal "Público", Mário Cláudio coloca o romance O Corredor Interior, de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, como um dos 5 melhores livros (de todos os géneros literários) editados em Portugal, em 2006.<br /><br />O "Das Artes e das Letras", suplemento de reconhecido interesse cultural, pelo Ministério da Cultura, editado pelos jornais "O Primeirio de Janeiro", pelo "Notícias da Manhã" e pelo "Diário XXI", dispensa-lhe três páginas, com destaque na capa, numa reportagem verdadeiramente inteligente, animada por Filipa Leal. <a href="http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=d67d8ab4f4c10bf22aa353e27879133c&subsec=&id=ba426bcabf74c922b3553c799612ed6b">Ver aqui</a><br /><br />O jornal "Público", nas duas páginas centrais, no Dia Mundial da Poesia, dá-lhe grande realce, numa oportuna e interessantíssima reportagem, animada por Inês Nadais e Luís Miguel Queirós.<br /><br />José Carlos de Vasconcelos, no "Jornal de Letras", dá-lhe honras de <em>A Figura</em>, numa excelente, esmerada reportagem, de página inteira e destaque na capa, com assinatura de Francisca Cunha Rêgo.<br /><br />Marcelo Rebelo de Sousa, inclui-o na antologia que elaborou, intitulada <em>Os Poemas da Minha Vida<br /><br /></em>A Porto Editora, inclui-o (muma breve representação da moderna poesia portuguesa) na vasta obra - 12 volumes - <em>A Poesia Portuguesa no Mundo </em>(Dicionário Ilustrado).<br /><br />valter hugo mãe, recentemente distinguido pelo Prémio José Saramago, inclui-o na antologia <em>Desfocados Pelo Vento</em>, A Poesia dos anos 80, Agora (Quasi Edições). Refere o antologiador que <em>Desfocados Pelo Vento </em>é um verso retirado de um poema de Daniel Maia-Pinto Rodrigues.<br /><br />Luís Carmelo, em edição das Publicações Europa-América, inclui-o na antologia <em>A Novíssima Poesia Portuguesa e a Experiência Estética Contemporânea</em>.<br /><br />Adorinda Providência Torgal e Madalena Torgal Ferreira, em edições das Publicações Dom Quixote, representaram-no em duas antologias.<br /><br />Manuel António Pina, sobre a poesia de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, entre mais palavras, escreve o seguinte (ver livro Dióspiro):</div><div align="justify"><em>É preciso que eu diga algo se calhar cruel e comprometedor: a maior parte da poesia portuguesa de autores mais jovens (a revelada, digamos, nas últimas duas décadas) parece-me, senão decepcionante, ao menos, e em geral, desnecessária. Com raríssimas excepções, ela tem apenas, de novo, a idade dos seus autores; muitas vezes nem velha é, é apenas de idade indefinida. A sua principal característica é a desnecessidade, quero eu dizer que, da parte dela, não há-de vir mal nenhum, nem bem nenhum, ao mundo. (De qualquer modo, a minha opinião não tem qualquer relevância na matéria, e não há-de ser decerto ela a determinar o seu destino ou o seu não-destino...)</em></div><div align="justify"><em>A poesia do Daniel é, para mim, leitor compulsivo, mesmo se frequentemente distraído, da poesia que se vai publicando, uma dessas raríssimas excepções. E o seu carácter excepcional resukta não só da sua singularidade, mas, simultaneamente, do modo como essa singularidade, essa estranheza, transporta um emocionado e desconcertante reconhecimento do funcionamento do próprio poético.<br /></em><br />Mário Cláudio, sobre a poesia de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, entre mais palavras, escreve o seguinte (ver livro Dióspiro):</div><div align="justify"><em>Jurar que ascendeu Daniel Maia-pinto Rodrigues, por conseguinte, mercê de um espicialíssimo talento de perscrutação dos deuses profundos, à dimensão de quem dispensa o tocável que se lhe depara, corresponderá a glosar, para melhor entendimento, quanto ficou, entretanto, nas linhas que precedem estas, e a proclamar o que haverá de surgir, nas seguintes. Despido da ganga dos vates do esquematismo emocional, que recolhem as palavras, em sua miserável condição, à superfície da terra ou à flor da pele, eis o que repudia a cura de águas chilras ou o caldo de galinha descorada, a que alguns persistem em condenar, desde há décadas, falanges e falanges de pobres aprendizes, para quem as nascentes mais fundas se ocultam, sem remédio, sob o mais imediato dos rumores.</em></div><div align="justify"><em>Estar este demiurgo, por isso, aponta no sentido de uma jubilosa ressurreição, a que logrou superar todo o balbuceio, e abalançar-se a escrever, desde o início, sem aquele lamentável racismo lexical, que caracteriza a acanhada respiração dos supra-referidos mestres, e a de seus discípulos, quando as palavras nobres se contam, de facto, pelos cinco dedos de cada mão. É a realidade global, pois, que se descobre, nestes textos, além de tido o que a supera, porque de um universo paralelo, mas que, com o vertente, se cruza e se entretece, se vê espraiada a paisagem dos invetores de semelhante fibra, os quais transcendem, com o risco que assiste, sempre, aos criadores autênticos, as inúmeras fronteiras do território do possível.<br /></em><br />Rosa Maria Martelo, Luís Miguel Queirós e José Carlos Tinoco constroem peças literárias de grande beleza e visão profunda, em torno da poesia de Daniel Maia-Pinto Rodrigues (ver livro Dióspiro).<br /><br />Rui Lage, no seu notável <em>Ensaio</em> (cuja leitura recomendo vivamente, por peça literária de inegável valor e interesse cultural) sobre a poesia de Daniel Maia-Pinto Rodrigues diz o seguinte nas conclusões: </div><div align="justify"><em>Em resumo, ambos nos oferecem leituras apaixonantes, habitam as margens, navegam contra a corrente, fintam arquétipos e estereótipos, resistem às tentações epigonais, ambos, se a palavra ainda não é proibida, ou de mau gosto, fazem vanguarda.</em></div><div align="justify"><em>Por tudo isto, e em jeito de conclusão antecipada, dizemos que Daniel Maia-Pinto Rodrigues é responsável por não pouca coisa: oferece de bandeja à poesia portuguesa um admirável mundo novo</em>.<br /><br />Em concurso instituído pelo Ministério da Cultura, Fiama Hasse Pais Brandão e Vasco Graça Moura atribuiram-lhe menção Honrosa pelo livro <em>A Próxima Cor</em>. Este mesmo livro foi posteriormente distinguido com o prémio Foz Côa Cultural, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. </div>Migahttp://www.blogger.com/profile/07856737814564866217noreply@blogger.com0